Uma nova recordação da vida que levamos nos Estados Unidos nos anos 1977-78: agora revisitando Nova Iorque e Long Island para celebrar meus 70 anos de vida e a minha aposentadoria na EPM/UNIFESP

25.1 – Os preparativos da viagem

Em outubro de 2014, como parte da comemoração dos meus 70 anos de vida, por sugestão do meu filho Uly, realizamos uma nova visita aos nossos antigos rincões. Ele havia recém retornado de uma viagem a Nova Iorque aonde fora participar de um Congresso Médico, em março, e como Uly tem um enorme fascínio pela cidade, eu também o tenho, diga-se de passagem, desta vez voltou mais entusiasmado do que nunca. Nova Iorque havia, em sua visão, ressurgido de forma esplendorosa da longa e grave crise econômica que se abatera sobre os EUA, em 2008. A “Big Apple” estava novamente exuberante em todas as suas incontáveis atrações turísticas, culturais e de laser, e, portanto, na opinião de Uly, sem dúvida alguma, era para lá que deveríamos viajar para comemorar meu aniversário e minha aposentadoria depois de 40 anos de plena dedicação à EPM/UNIFESP. Rapidamente nos convencemos desta ideia, e também desta feita, como fizemos da vez anterior, em 1996, tratamos de planejar a viagem em todos os seus detalhes logísticos, visto que deveríamos reservar pelo menos todo um dia para passearmos por Long Island. Todo o planejamento começou a partir do mês de abril, porque teríamos que nos programar para viabilizar a viagem, buscando incluir o maior número possível de membros da família. Era necessário adequá-la, entre outras variáveis, ao calendário escolar dos filhos do Uly, Pedro e Carolina, que também fariam parte do grupo. Agora 36 anos depois de lá havermos morado, retornar novamente à nossa antiga moradia nos enchia de expectativas pois antecipava as emoções que seriam vividas, especialmente porque a terceira geração da minha família iria estar presente.

25.2 – O ciclo da vida mais uma vez se renova: “todo cambia”

Antes, porém, de entrar diretamente no assunto viagem a Nova Iorque, vale a pena atualizar resumidamente o que o destino nos reservou durante todos estes longos anos. Como da vez anterior, muitas mudanças nas nossas vidas foram ditadas pelo imponderável.

Figura 1- Meus netos, no meu ombro Gustavo e Carolina, no meu colo Pedro e Lavínia.

Eu atingira a idade da aposentadoria compulsória na vida acadêmica, uma realidade que eu sempre havia considerado muito remota, mas que agora se apresentava de forma inexorável, haveria de enfrentá-la sem maiores rodeios após 40 anos de atividades dedicadas de forma ininterruptas à docência, pesquisa e assistência. Assim o fiz, tratei de encarar como um fato natural da existência, com o máximo pragmatismo, posto que na vida tudo tem um começo, meio e fim. Agora, portanto, era chegado o momento da retirada definitiva, embora continuasse a ter meus alunos de pós-graduação, a produzir conhecimentos, publicando artigos científicos e agregando algumas outras tarefas. Mas era necessário eleger outras prioridades profissionais, ainda me sentia com plena capacidade intelectual e disposição física para continuar a ser produtivo. Após todo este tempo cuidando e dando atenção ao coletivo da sociedade, ao bem comum, teria que dar um giro radical nas minhas atividades profissionais, ser mais individualista, porém, sem abandonar jamais meus sentimentos de continuar oferecendo algo que pudesse reverter em benefício da sociedade como um todo, seguindo sempre o princípio Humanista que foi apregoado e praticado pelo meu avô Ulysses Fagundes, de quem herdei esta ideologia. Assim tem sido feito, pois além de continuar a dar atenção à minha clínica privada, agora com total dedicação, continuei a editar a revista eletrônica The Electronic Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition, criei o blog gastropedinutri.blogspot.com para divulgar democraticamente os mais recentes avanços da Gastropediatria e Nutrição, fundei o Instituto de Gastroenterologia Pediátrica de São Paulo, do qual sou Diretor Médico, e investi esforços na sua expansão com a criação do respectivo site IGASTROPED, que agreguei aos anteriores sítios da internet já existentes, mais este, todos eles em conjunto como modalidades de atuação na Educação Aberta. Também passei a dar consultoria técnico-científica a algumas empresas da indústria farmacêutica, bem como a instituições privadas sem fins lucrativos, em especial a Federação Nacional das Associações dos Celíacos do Brasil (FENACELBRA). No campo pessoal, a família cresceu significativamente, tive a imensa felicidade de tornar-me avô, pois ao longo dos anos 2000 fui presenteado com 4 netos maravilhosos que vieram a me trazer mais entusiasmo pela vida, uma nova experiência extraordinária, a de poder desfrutar a companhia deles sem ter as enormes preocupações em educá-los, simplesmente agradá-los, poder vê-los crescer e prestar atenção na aquisição das suas novas aptidões com toda a calma e prazer que somente um avô pode ter (Figura 1).

Figura 2- Luciana e eu na Ponte Vecchia em Firenze, Itália.

Figura 3- Walkyria, Luciana e Carla, em frente à casa de Gaudí em Barcelona.

Ainda no plano pessoal, casei-me novamente, em 2009, com uma companheira extraordinária de todas as horas, a arquiteta Luciana Diniz Guttilla, que tem uma filha, Carla, de um casamento anterior (Figura 2-3).

Apesar do avançar da idade, o peso dos anos vividos ainda tem sido razoavelmente suportável, pois continuo a fazer esportes diariamente, embora dentro das limitações físicas impostas pela cirurgia à qual fui submetido em fevereiro de 2005, para implantação de uma prótese no joelho esquerdo, o mesmo joelho que havia sido operado para retirada do menisco ainda na minha adolescência. Aquela cirurgia foi o fator predisponente para o surgimento inexorável de uma artrose progressiva até praticamente alcançar a incapacitação física completa, o que me obrigou durante todo o ano de 2004 a caminhar com o auxílio de muletas, pois as dores constantes foram se tornando insuportáveis, impossíveis de serem debeladas com o uso dos mais potentes analgésicos, inclusive opiáceos. A cirurgia realizada pelo excepcional ortopedista, Prof. Dr. Luís Aurélio Mestriner, revestiu-se de total sucesso, e a recuperação fisioterápica foi realizada sob os cuidados da Profa. Dra. Stella Peccin, que durante 6 meses, dedicou-se, de forma admirável, em sessões diárias, que pareciam intermináveis, de 2 horas de duração cada, para viabilizar minha recuperação funcional a qual se deu de forma plena (Figuras 4-5).

Figura 4- As longas sessões de árdua fisioterapia tinham algum momento de relaxamento quando eu podia brincar com minha velha companheira, a bola.

Figura 5- As longas sessões de árdua fisioterapia tinham algum momento de relaxamento quando eu podia brincar com minha velha companheira, a bola.

Esta recuperação tem me permitido praticar atividades físicas aeróbicas de baixo impacto, bicicleta ortostática e elíptico e, esporadicamente, mesmo contrariando meus cuidadores, a jogar umas partidas de tênis para que eu ainda possa sentir o prazer de uma competição, o que para um atleta, jovem ou idoso, é quase a razão de viver.
Uly havia se formado em Medicina, casou-se com a médica Ana Paula Brecheret, e desta união nasceram meus netos Pedro e Carolina.

Figura 6- Pedro, Uly e Carolina em Manhattan no dia da visita ao MoMa.

Uly realizou ao longo de sua carreira a Residência Médica em Pediatria na EPM, Mestrado em Pediatria na EPM e 2 importantes MBAs em administração hospitalar, o primeiro na FGV e o segundo no INSPER. Desde 2004, tem se dedicado a esta especialidade, inicialmente no Hospital São Paulo e posteriormente como Diretor Administrativo do importante Hospital do Rim e da Hipertensão, ligado à Escola Paulista de Medicina. Pedro e Carolina, à época com 11 e 9 anos, respectivamente, como representantes da terceira geração da família, fizeram parte desta nova aventura em Nova Iorque (Figura 6).

Ambos estão se revelando grandes esgrimistas, inclusive têm participado de torneios nacionais e internacionais, tendo conquistado títulos brasileiros, sul-americanos e pan-americanos nas suas respectivas faixas etárias.

Figura 7

Figura 8

Juliana casou-se com o dramaturgo e ator Eliseu Paranhos; tornou-se atriz de grande talento, tendo estrelado inúmeras peças de sucesso, muito elogiadas pela crítica especializada (Figuras 7-8-9-10).
Figuras 8 a 10: Juliana atuando na peça “A borboleta azul” que foi grande sucesso pessoal, elogiadíssima pela crítica especializada.

Juliana também se formou no bacharelado do curso de Inglês da PUC e passou a dar aulas particulares para sua clientela de alunos. O casal também se incorporou à nossa caravana na viagem aos EUA.

Figura 9

Figura 10

Figura 11- Gustavo e Marina em partidas do Brasil no Mineirão na última Copa do Mundo.

Figura 12- Gustavo em partidas do Brasil no Mineirão na última Copa do Mundo.

Marina casou-se com o engenheiro André Carvalho, e desde 2010 mora em Belo Horizonte, com seus 2 filhos, os “mineirins”: Gustavo com 10 anos, fanático por futebol, conhece todos os times com seus respectivos jogadores, inclusive assistiu algumas partidas da última Copa do Mundo in loco (Figuras 11-12).

Lavínia, minha neta caçula, com 8 anos, é uma adorável espoleta, tagarela e extremamente sociável (Figuras 13-14-15).
Marina formou-se em administração na FAAP, e após trabalhar no banco Santander transferiu-se para uma companhia canadense de mineração. Nesta companhia foi galgando posições de destaque até ser convidada a tornar-se sócia da mesma. Por motivos profissionais, infelizmente, não pode estar conosco desta vez (Figuras 16-17).

Figuras 16 e 17: Marina com outros diretores e em seu trabalho na mineradora canadense.

Figura 13- Lavínia “inconscientemente” tentando imitar os passos da mãe na ginástica olímpica.

Figura 14- Lavínia em um passeio ao Hopi Hari.

Figura 15- A família completa: Lavínia, André, Gustavo e Marina.

Figura 16

Figura 17

Figura 18- Walkyria em Costigliole D’Asti tendo ao fundo o castelo aonde funciona o ICIF.

Walkyria Maria decidiu seguir a carreira de Gastronomia, formou-se pela Universidade Anhembi-Morumbi, em 2011, e logo a seguir, em março de 2012, foi para a Itália fazer um curso de especialização em Costigliole d’Asti no prestigioso Italian Culinary Institute for Foreigners (ICIF), na região do Piemonte (Figura 18).

Aos 22 anos esta seria nossa primeira longa separação, pois desde a morte da minha mulher Fábia em 2004, eu havia passado a ser também um pouco sua mãe, embora sempre reconhecendo ser este um papel praticamente insubstituível. Como seria uma viagem de longa duração, 3 meses em Costigliole d’Asti e depois mais 6 meses de estágio no hotel “La Posta Vecchia” em La Dispoli, uma cidade balneária próxima a Roma, decidi viajar com ela para juntos desfrutarmos uma semana passeando pela região, nas cidades próximas a Asti (Figuras 19-20-21-22-23). Posteriormente uma nova separação de longa duração viria a ocorrer pois Walkyria decidiu se especializar em Confeitaria e foi realizar este seu desejo no prestigioso instituto de Gastronomia “Le Cordon Bleu” em Madri.

Figuras 19 a 21- Alguns cenários da cidade de Asti, no Piemonte, aonde nos hospedamos antes de Walkyria iniciar seu curso no ICIF.

Figura 19

Figura 20

A despedida foi como cortar o cordão umbilical que virtualmente ainda nos atava, doeu na alma e no coração, mas eu estava seguro que seria para ela uma extraordinária experiência de vida, isto consolava e confortava meu espírito. De fato, tudo transcorreu às mil maravilhas, pois o curso e o estágio no hotel “La Posta Vecchia” agregaram valores incomensuráveis na sua formação profissional, e porque não dizer, também na sua vida pessoal, posto que entre outras aventuras teve que aprender o italiano na prática diária, até mesmo por uma questão de sobrevivência, pois nunca antes em sua vida havia tido aulas deste idioma. Tudo disso somado lhe deu muita confiança para galgar novos desafios, os quais viriam logo a seguir, ou seja, o próximo seria realizar o curso completo de Confeitaria no famosíssimo “Le Cordon Bleu” de Madri. Assim sendo, em 2013, foram mais 9 meses vividos na Europa, outra experiência inolvidável. As saudades eram enormes, mas com o avanço da tecnologia podíamos conversar com frequência quase diária através desta maravilhosa invenção chamada Skype. Finalmente, em dezembro de 2013 tive a enorme emoção e orgulho de estar pessoalmente presente para vê-la receber seu diploma de Chef Confeiteira de uma das mais celebradas instituições da Gastronomia internacional (Figuras 24-25-26-27-28).

Figuras 24 a 27: Walkyria no dia do recebimento do diploma de Chef Confeiteira do “Le Cordon Bleu” de Madri, em dezembro de 2013.

Figura 21

Figura 22- Uma vista do Duomo em Milão, em um esplendoroso dia de fim do inverno.

Figura 23- Walkyria, no dia que nos despedimos, em Alessandria.

Figura 24

Figura 25

Figura 26

Figura 27

Figura 28- Walkyria e seu professor favorito, o uruguaio José Enrique Fernandez.

Walkyria retornou aos seus pagos em 2014; rapidamente conseguiu colocação profissional como Confeiteira Chefe do renomado restaurante paulistano “Epice” também não pode acompanhar o grupo familiar nesta nova jornada a Nova Iorque.

25.3 – A viagem de recordação e de celebração

Conforme o planejado o grupo ficou definitivamente constituído por Uly, Pedro, Carolina, Juliana, Eliseu, Luciana e eu (Figura 29).

Figura 29- O grupo completo reunido no jantar de confraternização no “Eataly”, em Manhattan, da esquerda para a direita: Eliseu, Juliana, Carolina, Uly, Pedro, Luciana e eu.

Figura 30- Para rememorar os velhos tempos o tão aguardado jantar no “Louie’s”.


Foi uma semana de sonhos, superou todas as mais otimistas expectativas, foram momentos muito especiais pois pude desfrutar a companhia de todos; além do aspecto do convívio pessoal extremamente harmonioso com todo o grupo, tive também o deleite de revisitar vários atrativos de Manhattan, conhecer novos pontos turísticos e culturais, degustar excelentes comidas e, finalmente, passear durante todo um dia em Long Island, encerrando a jornada com um grande final, o apoteótico jantar no meu restaurante preferido de Port Washington, o “Louie’s” (Figura 30).

25.4- Reexplorando Manhattan

25.4.1- Marco Zero

Figura 31

Figura 32

Minha última visita a Manhattan havia sido em dezembro de 2004, portanto 10 anos já tinham se passado, era de se esperar, então, que muitas mudanças também tivessem ocorrido neste interregno de tempo. De fato, houve um pouco de tudo, algumas coisas se mostraram totalmente novas e outras se mantiveram como sempre, mas um fato chamou minha atenção desde o primeiro momento, a cidade está em obras de recuperação, percebe-se em cada canto a pujança ressurgindo de forma espetacular. Dentre as novidades o que mais me impressionou foi a visita ao Marco Zero, que eu não conhecia, e seu respectivo museu, mostrando cruamente todos os detalhes do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 e da luta da sociedade civil e militar para salvar o que foi possível ser salvo (Figuras 31-32-33-34-35-36).

Figuras 31 a 36:  Várias visões do Marco Zero e do museu do atentado terrorista.

Figura 33

Figura 34

Figura 35

Figura 36

Dentre as tradicionais atrações culturais destaco as visitas ao MoMa, Metropolitan, desta vez também inclui a Frick Collection (não a visitava desde que lá morei na década de 1970).

25.4.2 MoMa

No MoMa uma ênfase toda especial foi para a exposição de Henri Matisse (1869-1954), artista francês, desenhista, gravurista e escultor, que foi uma das lideranças na arte moderna (Figuras 37-38-39-40-41-42-43-44).

Figura 37– Uly, Pedro, Carolina e Luciana na entrada do MoMa.

Figura 38– A loja do MoMa com as réplicas dos trabalhos de Matisse à venda.

 

Figuras 39 a 44: Algumas das maravilhosas produções de Matisse expostas ao público.

Figura 39

Figura 40

Figura 41

Figura 42

Figura 43

Figura 44

Todas as vezes que visito o MoMa torna-se obrigatório para mim apreciar algumas pinturas de Diego Rivera, de quem sou um grande admirador, e desta vez não foi diferente. Rivera (1886-1957) foi um dos maiores pintores mexicanos, extraordinário muralista, elaborou gigantescos murais que contam a história política e social do México da sua época, mostrando a vida e o trabalho do povo, seus heróis, a terra e as lutas contra as injustiças sociais. Abaixo mostro uma das minhas pinturas favoritas de Rivera que faz parte do acervo permanente do MoMa (Figuras 45-46).

Figura 45- A camponesa carregando lírios.

Figura 46- A camponesa carregando lírios.

25.4.3- Metropolitan

O Metropolitan com toda sua imponência é sempre uma parada obrigatória, ocupa praticamente todo um dia para sua visitação, pela quantidade e qualidade do seu maravilhoso acervo, das mais variadas obras de arte de artistas altamente consagrados, e mesmo assim nos permite apreciar apenas uma ínfima parcela das suas riquezas (Figuras 47-48-49-50-51-52-53-54-55-56-57).

Figura 47– Luciana na entrada do Metropolitan, no dia que dedicamos a visitar os Impressionistas.

Figura 48– Uma visão geral de uma das galerias de esculturas do Metropolitan.

Figura 49– Edouard Manet (1832, Paris – 1883, Paris), Boating, 1874.

Figura 50– Paul Cezane (1839, Aix-em-Provence – 1906, Aix-em-Provence), The house with cracked walls, 1894.

Figura 51– Pierre Agust Cot (1837, Bedarieux – 1883, Paris), The lovers.

Figura 52– Vincent van Gogh (1853 – 1890), Wheat in the field of cypresses, 1889.

Figura 53– Claude Monet (1840, Paris – 1926, Giverny), La Grenouillère, 1869.

Figura 54– Edouard Manet (1832, Paris – 1883, Paris), The “Kearsage” at Boulogne, 1864.

Figura 55– Claude Monet (1840, Paris – 1926, Giverny), Regatta at Sainte-Adresse, 1867.

Figura 56- Claude Monet (1840, Paris – 1926, Giverny), Ile aux fleurs near Vetheuil, 1880.

Figura 57– Pablo Picasso (1881, Malaga – 1973, Mougins), At the lapin agile, 1905.

25.4.4- Frick Collection

A Coleção Frick é um museu de arte localizado em Manhattan. Fica na antiga casa do magnata do aço Henry Clay Frick e que foi projetada por Thomas Hastings, construída em 1913 e 1914, na 5ª avenida no lado leste do Central Park.

O museu foi designado, em 6 de outubro de 2008, um edifício do Registro Nacional de Lugares Históricos bem como, na mesma data, um Marco Histórico Nacional (Figuras 58-59).

Figura 58- Visão da fachada da casa voltada para a 5ª avenida.

Figura 59- Visão de uma parte interior da casa.

25.4.5- Central Park

O Central Park, exibindo o extasiante multicolorido das folhas tipicamente do outono, é sempre um passeio obrigatório, começando pelo Reservoir, aonde eu costumava fazer minhas corridas quando me hospedava na casa do Fima que se situava ali perto, nos anos 1980. Trata-se de um enorme reservatório de água que abastece uma parte de Manhattan, localizado atrás do Metropolitan, no coração do Central Park de onde pode-se apreciar todo o “skyline” da cidade (Figuras 60-61-62-63-64-65).

Figura 60- Luciana e eu na entrada do Reservoir.

Figura 61- A vista desde o interior do Reservoir para o exterior revelando o “skyline” de Manhattan.

Figura 62- A vista desde o interior do Reservoir para o exterior revelando o “skyline” de Manhattan

Figura 63 – Passeio pelo Central Park com suas folhas multicoloridas do outono nova-iorquino.

Figura 64 – Passeio pelo Central Park com suas folhas multicoloridas do outono nova-iorquino.

Figura 65- O pequeno lago no interior do Central Park.

25.4.6- Washington Square, Soho e Tribeca

Um passeio no domingo à Washington Square, ao Soho e à Tribeca é quase obrigatório, para que se possa apreciar todas as mais variadas tribos que por estes locais desfilam (Figuras 66-67-68).

Figura 66- Luciana e eu na entrada da Washington Square em um dia de domingo.

Figura 67- Eliseu e Juliana no mesmo dia.

Figura 68- Washington Square repleto de gente e das mais diversas atrações, grupos cantando, e outros dançando ao som de bandas populares.

 

25.4.7- Gastronomia

No que diz respeito à Gastronomia considero essencial degustar um churrasco no “Smith & Wolanski”, que como sempre se mantém impecável, foi o primeiro jantar na cidade (Figuras 69-70-71).

Figuras 69 a 71: Nosso primeiro jantar em Manhattan na minha churrascaria preferida “Smith & Wolanski”. Luciana, Uly, Pedro, Carol e eu nos deliciando dos cortes especiais de carne oferecidas pelo restaurante.

Figura 69

Figura 70

Figura 71

Uma excelente novidade para mim, no ramo gastronômico, revelou-se o “Eataly”, um verdadeiro mercado de restaurantes, aonde pode-se desfrutar da comida italiana de muito boa qualidade oferecida nos mais variados balcões ou mesmo nas mesas ao redor das cozinhas (Figuras 72-73-74-75-76-77).

Figuras 72 a 77- Todo o grupo reunido em uma noitada de comida italiana de muito boa qualidade no Eataly.

Figura 72

Figura 73

Figura 74

Figura 75

Figura 76

Figura 77

Luciana preparou uma linda surpresa para comemorar meu aniversário e me convidou para jantar em um restaurante russo, extremamente sofisticado, denominado “Russian Caviar”, aonde servem um menu degustação espetacular (Figura 78).

Figura 78- A noite de celebração do meu aniversário, presenteada por Luciana, com um menu degustação à base de um sensacional caviar russo.

25.4.8- Grand Central Station

Por fim, mas não menos importante, revisitar a imponente Grand Central Station, aonde foi filmada a espetacular cena do carrinho do bebê, com ele dentro, rolando em câmera lenta a escadaria enquanto Elliot Ness (Kevin Costner) trocava tiros perseguindo um mafioso do bando do Al Capone no famoso filme “Os Intocáveis” (Figuras 79-80-81-82).

Figuras 79 a 82: Luciana, Juliana, Eliseu e eu visitando esta maravilhosa e tradicionalíssima estação de trem de Manhattan.

Figura 79

Figura 80

Figura 81

Figura 82

25.5- Todo um dia passeando por Long Island e revisitando nossa antiga moradia no North Shore University Hospital

Finalmente chegou o tão aguardado dia de revisitar Long Island e nossa antiga residência. A programação foi toda feita com muita antecedência para que tudo corresse da mais perfeita forma. O dia escolhido foi um sábado porque assim eu poderia alugar um carro, que na verdade foi uma van, posto que neste dia de fim de semana o trânsito se torna menos pesado para dirigir em Nova Iorque. Conforme o planejado partimos diretamente pela Long Island Expressway para Nassau County e na saída 33 ingressamos na Communitty Drive até chegarmos ao nosso primeiro destino, o local da nossa antiga moradia, o edifício situado na colina atrás do North Shore University Hospital, aonde lá permanecemos por algum tempo para relembrar velhos momentos e inclusive com direito a uma visita ao hospital (Figuras 83-84-85-86-87-88).

Figura 83- Visão panorâmica da área jardim frontal e do edifício aonde vivemos em 1977-78

Figura 84- Uly e Juliana me ladeando bem debaixo das janelas do apartamento nosso prédio 36 anos após lá termos vivido.

Figura 85- Uly e Juliana.

Figura 86- Juliana e eu tendo ao fundo uma parte de outro edifício que compunha o conjunto residencial do hospital.

Figura 87- Meus netos Pedro e Carol que foram conhecer o local aonde seu pai um dia viveu.

Figura 88- Luciana e eu.

Após a visita à nossa antiga moradia partimos para o Eisenhower Park, nosso parque predileto, havia muitos anos que não havia lá voltado. Aí pudemos desfrutar da sua natureza e do esplendor das mais variadas cores das folhas das árvores, um espetáculo maravilhoso típico do outono nova-iorquino (Figuras 89-90-91).

Figura 89- Carol passeando no Eisenhower Park, nosso parque predileto, e ao fundo o multicolorido das folhas das árvores no início do outono nova-iorquino.

Figura 90- Luciana no Eisenhower Park, e como pano de fundo um esplendoroso colorido das folhas da árvore às suas costas.

Figura 91- Pedro, de costas, Carol logo a seguir de blusa azul, e mais ao fundo Juliana e Eliseu apreciando a linda paisagem do outono novaiorquino.

Deixando o parque rumamos em sentido contrário, do sul para o extremo norte da ilha aonde se encontra o sound (um braço de mar entre Nova Iorque e Connecticut), para visitarmos um local muito especial de onde pode-se avistar o perfil de Manhattan, Sands Point (Figura 92).

Figura 92- Uly e os filhos Carol e Pedro, no fim do passeio em Sand’s Point, na parte norte de Long Island; ao fundo pode-se ver o perfil de Manhattan.

Como já se fazia quase noite era chegada a hora de rumar diretamente para o tão aguardado jantar no restaurante “Louie’s”, para celebrar esta viagem detalhadamente planejada, seria, assim, fechar com chave de ouro uma semana de sonhos. De fato, foi o que ocorreu, todos ficaram encantados com o local à beira mar, a atmosfera do restaurante, o serviço impecável e a comida de excepcional qualidade. Momentos de felicidade indescritível como esses que aí compartilhamos são uma dádiva dos céus que parecem nunca terminar (Figuras 93-94-95-96-97-98-99).

Figura 93- A chegada ao aguardado jantar no restaurante “Louei’s”.

Figura 94- Luciana e eu aguardando a comida ser servida.

Figura 95- Uly e eu escolhendo a comida.

Figura 96- Juliana e Eliseu satisfeitos com a comida desfrutada.

Figura 97- Luciana e eu degustando um verdadeiro manjar.

Figura 98- Uly e eu degustando um delicioso Chardonay acompanhando meu prato predileto “stuffed shrimp”.

Figura 99- Pedro e Carol após terem se deliciado no memorável jantar.

A celebração do meu aniversário da forma como se sucedeu, creio eu, até aonde minha memória pode alcançar foi a mais prolongada, toda uma semana, e sem dúvida alguma também a mais emotiva, por todos os eventos vivenciados, que de uma certa forma imitaram o que tem sido minha própria vida, intensa e apaixonadamente vivida, e, por isso  inclusive me permito parafrasear o grande poeta chileno Pablo Neruda “Confieso que he vivido”.